segunda-feira, 18 de março de 2013

#47 e #48: Film Studies

No domingo eu pretendia ir ao pub da universidade comemorar o St. Patrick's, mas como tinha um trabalho pra fazer sobre um musical do Fred Astaire, resolvi passar o dia com a cara nos livros. Nem um pouco chato. Fred Astaire é muito amor.


No domingo à noite, madrugada, na verdade, recebo uma mensagem da J. pedindo minha ajuda para sua aula de Television Studio Practice. O grupo dela precisava gravar um ensaio de um programa de entrevistas na segunda de manhã e precisava de stand-in, que nesse caso é uma pessoa pra ficar posicionada no set para servir de referência para os operadores de câmera, para checar a luz, o som, etc. Topei, mesmo sabendo que eu teria que acordar às sete da manhã em vez das onze, como de costume. Pra ajudar os amigos a gente até dorme menos.

Cheguei no estúdio de TV junto com a J. e fui bem acolhida pela turma, todos muito agradecidos por eu ter topado ajudar em cima da hora. Não tive que fazer muita coisa a princípio, só ficar sentada num dos bancos do cenário conversando com um outro aluno sobre o tema daquela entrevista (tínhamos um script para seguir). Ele fez as vezes de apresentador, o que foi muito fácil, já que as perguntas que ele precisava fazer estavam anotadas no papel. Já eu fiquei com a difícil tarefa de encarnar a entrevistada, uma artista que faz performances com marionetes, e precisei inventar todas as respostas para as perguntas dele, o que até foi divertido. Mas no final, como havia uma performance, eu tive que ir para o centro do set e me movimentar aleatoriamente. Colocaram uma música, mas não ajudou muito. Pelo menos ninguém riu. E não tinha ninguém das minhas outras aulas, também. Foi menos humilhante assim.

À tarde, em Film Industry, tivemos aula com um palestrante, já que nossa professora entrou de licença maternidade. O palestrante era produtor e nos falou sobre o processo de arrecadar fundos para financiar um filme no Reino Unido. Foi bem interessante, mas essa dinâmica financeira da indústria cinematográfica ainda faz nós na minha cabeça. Ou qualquer coisa que tenha a ver com finanças, na verdade.

Depois dessa aula, fui para o Language Center, no prédio da biblioteca. Tinha sido convidada, junto com outros CsFs*, por uma professora de português (brasileira) para fazer uma apresentação sobre minha cidade e minha universidade na turma dela. Fiz um PowerPoint bem simples com algumas fotos de Niterói e contei um pouco da história da cidade, a presença das obras de Niemeyer, as paisagens, e fali da UFF. Tudo em português. Só depois fui me dar conta de que aquela era uma turma de iniciantes, e agora receio que eles não tenham entendido muito bem tudo o que eu disse. Mas a professora depois disse que os alunos gostaram muito e que entenderam tudo. Espero que sim. Foi engraçado falar em português dentro da universidade com pessoas que não são native-speakers. Mas gostei da experiência. E ainda ganhei bolo!


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*CsFs: bolsistas do Ciência sem Fronteiras

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