domingo, 3 de março de 2013

#26 e #27: Oscar e frango

Domingo, 24/02/2013

Depois de dois dias de agito, passei o domingo todo em casa, comendo dormindo e lendo para as aulas da semana. Tinha comprado um frango pré-temperado na Tesco, e estava doida para experimentar.

Carne é um problema por aqui. Além de ser caro, eu não sei limpar nem preparar nenhum tipo de carne. Daí, na última vez que fiz compras, me deparei com uma seção de carnes semi-prontas, temperadas e numa bandeja de alumínio, prontas pra colocar no forno. Vi que tinha rosbife, mas só um, e já ia vencer; resolvi comprar o frango pra experimentar e deixar a carne vermelha para uma outra oportunidade.

Os dois filés de frango já vinham temperados com manteiga, alho, ervas finas (não soube identificar quais) e cogumelos, coloquei a bandejinha de alumínio no forno e esperei uns 40 minutos. Enquanto isso, fiz arroz (de saquinho...) pra acompanhar.

Resultado: o frango ficou bem assado, gostosinho, mas meio sem sabor. Isso porque já vinha temperado! Mas não deu pra decepcionar. Guardei o segundo filé e a sobra do arroz para o dia seguinte.
 
A noite de domingo passei em claro assistindo ao Oscar pela internet. Fui dormir às 5h da segunda-feira, tendo aula às 11h. Mas valeu a pena. Foi muito emocionante ver todo o elenco de Les Misérables cantando juntos; o Quentin Tarantino ganhando Oscar de melhor roteiro por Django Livre; a Anne Hathaway linda recebendo o prêmio por melhor atriz coadjuvante. E toda a cerimônia em si. E como na aula de Film Industry tínhamos feito um bolão, valendo prêmio em doces, eu precisava acompanhar tudo para saber se ia ganhar na manhã seguinte.

Segunda-feira, 25/02/2013

Consegui não me atrasar muito para a primeira aula do dia, Contemporary Storytelling. O tema da semana era escrita humorística.

Na aula de Film Industry descobri que acertei 10 das 24 categorias do Oscar, muito pouco para ganhar o prêmio do bolão, mas bastante para quem não estava muito por dentro dos candidatos. Dos filmes, por exemplo, só tinha visto Django Livre, Les Misérables e As Aventuras de Pi (fora Valente, que ganhou melhor animação). Eu só palpitei mesmo e fiquei feliz por ter acertado a melhor atriz, a Jennifer Lawrence, que ninguém esperava; eu sabia não porque conheço o trabalho dela, mas porque ela ganhou o Globo de Ouro competindo com com a Meryl Streep, e há algum tempinho que o Globo de Ouro vem tendo resultados parecidos com o do Oscar, logo: já estava no papo.

Aliás, como parte da pesquisa que fiz para essa aula, descobri que o prêmio menos parcial do cinema americano é o New York Critics Circle Awards, composto por críticos das principais publicações de Nova York e que se orgulha de não ceder à pressões externas nas suas escolhas (por exemplo, descobri que no Globo de Ouro às vezes rola um 'por fora' pra garantir certos vencedores. E o Oscar também tem um padrão a seguir - melhores filmes sempre de drama, em geral históricos ou baseados em fatos reais, com personagem principal branco do sexo masculino e de preferência cujo tema seja bem americano).

Cheguei em casa por volta das 16h e requentei meu almoço de domingo. Transformei o arroz branco em arroz à piemontese e esquentei o frango e os cogumelos na frigideira com molho shoyu e alecrim. Ficou maravilhoso! Melhor refeição que fiz desde que cheguei aqui.


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